Brasileiro é executado na Indonésia.

28 de abril de 2015.

O que você lembra há respeito do ano de 2004? Foi um ano marcante para você? Para a família e para o próprio Rodrigo Gularte tenho total certeza que sim. Preso nesse ano, por tentar entrar com 6 quilos de cocaína na Indonésia, hoje o tormento acabou. Acabou para quem? Você está louca? Que sentimento você tem em relação a família? Calma minha gente, estou falando sobre o acusado. Que vida teria ele preso ha 7 anos? Será que existem expectativas em relação a sua saída da cadeia? Que vida teria (conforme afirma familiares) uma pessoa que passou o resto dos seus dias conversando com as paredes e ouvindo vozes?. Mas existem os que digam "Mereceu" "Foi querer fazer crimes que no Brasil são ignorados, teve o que mereceu", como também existirá os que pensarão: "É uma vida, que cometeu sim seus erros, mas não merecia tanto". A questão é que acabou, acabou para o Rodrigo, acabou para a família, acabou para quem quer que o conhecia. Uma vida se acabou! Pensamentos como "Nossa que crueldade" acabam de serem formados. Não os julgo, porém, e em relação a aquela criança que era envolvida com o trafico, morta por traficantes na rua da sua casa e que você não está nem ai?!! Nossa que crueldade saber que um homem de 42 anos, que resolveu cometer crimes em um país totalmente novo, com outras formas de punições, foi morto hoje as 14:00 hrs (horário de brasília), realmente que crueldade. Mas e aquele molequinho que foi introduzido no mundo das drogas sem entender o que acontecia, apenas servindo de laranja, ahhh aquele mereceu mesmo!!! Minha indignação de hoje fica por você que se sente comovida com o que está na mídia, com casos maiores, com maior repercussão, mas que, pelo resto dos SERES HUMANOS não. Aquele mesmo ser que vive do seu lado, que está no mesmo caminho, e até condenado (apenas não pelas mesmas pessoas) ao mesmo fim. Aquele ser humano que queria uma oportunidade de sair dessa viela. Aquele ser humano que implora por atenção e você não o olha por medo de ser assaltada(o). Aquele que você rotula simplesmente como o lixo da sociedade! Me diz, por que aquele não é digno de sentimentalismo? A única diferença entre Rodrigo Gularte e o traficante/ laranja no fim da esquina é que o primeiro já tinha data para ser executado.

fonte: g1.globo.com

veja.abril.com.br

O inicio de tudo!

27 de abril de 2015

 

“Bombeiros buscam desaparecidos após deslizamentos em Salvador” “Corpos de centenas de vítimas do Boko Haram são achados na Nigéria” “Três das cinco pessoas atropeladas em Fortaleza seguem hospitalizadas”. As manchetes estampam exatamente aquilo que o ser humano gosta de ver. A dor! A tragédia do outro! Não me diga que isso é mentira, pois é exatamente isso que chama a minha, a sua, a dá vizinha, ou até daquela vózinha que reza o terço todos os dias. Sim, nós procuramos a dor. Não aquela dor sentida por nós mesmos, mas sim aquela que te faz pensar “nossa coitado”. Esse “nossa coitado” não vai tirar a dor do outro. Não! A mídia toda em volta de um ser humano, apenas buscando respostas para suprir a curiosidade alheia não irá refazer um momento. Não trará ninguém de volta. Se preocupamos em saber o que aconteceu, com quem, quando, porque e como. Somos jornalistas, sem diplomas. Isso tudo é apenas para suprir nossa curiosidade. Mas e o sentimento de quem sofreu com a tragédia?  Como seguiram a vida dessas pessoas?  No que esse fato influenciará no resto de suas vidas?  Paramos para pensar nisso? Não! É claro que não. Não é a nossa vida que está em jogo, não somos nós que teremos cicatrizes. E não estou julgando apenas VOCÊ, mas eu mesma pratico ou praticava isso. Até o momento em que decidi que daria uma nova cara a noticia, uma versão mais humana, mais emocional, uma versão que fizesse ressurgir a solidariedade de um com outro que a tanto tempo foi esquecida. Vou logo dizendo, não prometo que esse blog será um sucesso, não prometo conseguir entrevistas, não sou profissional nisso. Mas prometo de todo meu coração, que a noticia será transmitida da forma mais humana e sensível em que eu conseguir. Espero que gostem. Espero e acredito que não deixaram de acompanhar.  

fonte das manchetes: g1.globo.com